Transtornos de Ansiedade: o Que São, Causas e Tratamento

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Os transtornos de ansiedade envolvem características emocionais de medo e ansiedade em excesso e acompanham comportamentos específicos diante da ameaça real, percebida ou futura. Sentir medo é necessário para lutar ou fugir, porém a ansiedade ocorrem em se sentir tenso e em estado de vigília se preparando para um possível perigo futuro, muitas vezes imaginado e por isso, o(a) ansioso(a) age com cuidado e evita situações desafiadoras.

A fobia faz parte dos transtornos de ansiedade e implica em um medo específico, persistente e desproporcional em relação ao risco real que se apresenta, ligado a objetos ou situações como: baratas, cachorro ou outros animais, elevador, metrô, avião, ferimentos, pessoas e interações sociais, dentre outros.  

No caso de ansiedade ou fobia social, o indivíduo teme e anseia as situações em que pode ser avaliado negativamente, ficar envergonhado, ser rejeitado ou humilhado, muitas vezes se esquivando do contato e da interação com outras pessoas.

Em casos de pânico, há as crises ou ataques inesperados recorrentes e a pessoa se mantém preocupada entre esses momentos, se esquivando de situações que possam vir a disparar novamente a reação.

A agorafobia envolve o medo em andar no transporte público, estar em espaços abertos ou lugares fechados, filas ou multidões, ou ainda estar só fora de casa em diversas situações. Há pensamentos recorrentes de que pode ser difícil escapar ou ter auxílio em caso de os sintomas incapacitantes ou constrangedores virem à tona, sendo comum a pessoa requerer companhia.

No transtorno de ansiedade generalizada (TAG) a ansiedade e a preocupação envolvem vários assuntos, como por exemplo, dificuldades envolvendo estudos, trabalho, sono, irritabilidade nas relações, inquietação e dificuldades de concentração.

Há estudos que revelam três causas principais dos transtornos da ansiedade: aspectos biológicos (genéticos), psicológicos e relacionados a história da pessoa (situações e mudanças de vida).

As experiências da infância, por exemplo em casa com pais ou cuidadores, podem promover uma sensação de imprevisibilidade, excesso de cobranças ou falta de controle dependendo da forma como se relacionam e lidam com as situações. Se em determinado momento com um nível maior de estresse, havendo a predisposição associada à vulnerabilidade emocional do indivíduo, pode-se desenvolver transtornos de Ansiedade, ou Depressão, por exemplo.

O tratamento inclui principalmente psicólogos e psiquiatras. Ao meu ver, se possível, indico que busque-se primeiro o psicólogo, pois muitas vezes não há necessidade de medicamento, embora seja na maioria das vezes prescrito pelo médico/psiquiatra.

É possível tratar em aproximadamente três e quatro meses de atendimentos semanais de 50 minutos, no caso da abordagem Cognitivo-Comportamental (TCC) em psicólogos desta linha de trabalho, que também é a que eu desenvolvo.

O tratamento envolve:

  • Aumentar a consciência das emoções, dos pensamentos e dos comportamentos,
  • Aumentar a flexibilidade cognitiva ou resiliência voltadas ao presente a partir do questionamento de pensamentos com base em evidências,
  • Psicoeducação, promovendo maior clareza do que seja a doença e o desenvolvimento de habilidades específicas que ajudam,
  • Cuidado da saúde global do indivíduo,
  • Motivação e a prontidão para a mudança,
  • Enfrentamento progressivo e saudável das situações-chave, com as habilidades desenvolvidas ao longo do tratamento.
  • Análise dos avanços e recapitulação das estratégias de prevenção para evitar retorno.

Caso seja a sua situação ou de alguém querido, busque tratamento o quanto antes ou auxilie o outro nesse início. Cuide da sua qualidade de vida e a de quem você ama!